O caso Everton estava encerrado. Geoffrey Grey, condenado como assassino do tio, encontrava-se preso havia um ano. Tão esmagadoras tinham sido as provas apresentadas em tribunal, que a própria Marion, mulher do acusado, se convenceu de que o marido mentia, e continuava a mentir, ao jurar a sua inocência. Fora feita justiça e Geoffrey tinha de pagar, até ao fim, a dívida que contraíra para com a sociedade. Só que, neste mundo, nada é definitivo – nem mesmo uma sentença transitada em julgado. As primeiras suspeitas de erro judiciário afloram ao espírito de Hilary, prima de Marion, depois de uma conversa com a histérica cozinheira que estivera ao serviço de Everton e o namorado da rapariga decide pedir o auxílio da perspicaz Miss Maud Silver.